quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Lisboa

Alguém diz com lentidão:
“Lisboa, sabes…”
Eu sei. É uma rapariga
descalça e leve,
um vento súbito e claro
nos cabelos,
algumas rugas finas
a espreitar-lhe os olhos,
a solidão aberta
nos lábios e nos dedos,
descendo degraus
e degraus
e degraus até ao rio

Eugénio de Andrade

Sem nome de flor, sem a palavra folha, ausente do verde e dos frutos, mas repleto da cidade que nos reuniu para olharmos o Jardim Botânico e as plantas.
(Filipa)

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